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ALCANA

30/07/2013 22:17

Bertin – Infinity, até onde confiar?

Grupo sucroalcooleiro insiste em não pagar credores e fornecedores

 

Já ultrapassou a paciência dos fornecedores e credores do Grupo que controla a Alcana, após ter o pedido de Recuperação Judicial aceito, o que menos preocupa a empresa é o pagamento dos fornecedores, produtores não receberam sua safra 2011/2012, e estão presos com contratos de fornecimento para esta safra 2013. O pior é que a usina na irá moer este ano, como fica a produção de que gastou para tratar o canavial? A única saída no momento seria liberá-los para fornecer a outras empresas, se não podem honrar com os compromissos, melhor saída para ambos os lados seria o bom senso da empresa junto àqueles que vêm amargurando prejuízos ao longo da gestão na Infinity.

 

Entenda o caso.

A empresa de energia renovável, Infinity Bio-Energy, liderada a época por Sérgio Thompson-Flores, CEO da Infinity Bio-Energy, com o objetivo de se tornar líder mundial na produção de álcool, chegou a Nanuque com estilo de multinacional, grande empresa. Investiu somas milionárias para adquirir unidades estratégicas de produção de etanol, chegando de imediato a agrupar cinco usinas com capacidade de moagem em torno de 9,0 milhões de toneladas.

No campo de geração de energia, comprou duas outras empresas para desenvolver co-geração de energia de biomassa de 30 MW e para deter ativos agrícolas. Depois, a Infinity investiu seu capital na aquisição da Ibirálcool (Destilaria de Álcool Ibirapuã), localizada em Ibirapuã, no sul da Bahia, e da Cepar (Central Energética Paraíso), localizada em São Sebastião do Paraíso, em Minas Gerais.

Com várias aquisições, a Infinity passou a contar com 13 usinas em operação, quando seria atingida a capacidade para processamento de mais de 9 milhões de toneladas de cana. Desse total, 70% seria voltado à produção de álcool. Até 2012, o grupo estimou alcançar a capacidade de 29 milhões de toneladas/ano.

Medo de calote

O que escuta em todos os lugares é o medo de um “calote”, quer dizer não receber o que já foi entregue com o fechamento da usina. Isso representaria um retrocesso para uma cidade que viveu nos últimos anos o encerramento de várias unidades fabril, entre as maiores geradoras de emprego a SPAM e CCPL. O fim da Alcana representa o enterro de mais de 3.000 empregos diretos e indiretos, o que representará a fragmentação do comércio local.

Atitude

O Governo de Minas Gerais, a Assembléia Legislativa, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, secretaria de trabalho, através de seus representantes, tem que tomar mediadas urgentes para inibir o que está anunciado, o encerramento deste projeto de geração de emprego e renda. Todos os Estados brigam para abrigar em seus territórios uma unidade fabril, onde geram empregos, impostos e renda, Minas não pode remar contra a maré.

Empresários deveriam ser convidados para sentar a mesa com o Governo, para elaborarem um projeto de estruturação, com garantia da permanência do módulo de produção em debate. No currículo de uma cidade que amarga no seu censo, a decadência populacional, onde os mineiros estão desembarcando nos Estados vizinhos em procura de dias melhores para seus familiares.

 

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