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Copasa assume transtornos e garante conclusão da obra até o fim de 2014

30/07/2013 20:36

Serviços de captação e tratamento de esgoto passarão por audiência publica

Estiveram presentes em Nanuque, no último dia 19, o diretor de Operações Norte da Copasa, Márcio Kangussu, gerentes e corpo jurídico da empresa. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) inicia em Nanuque uma nova fase de execução das obras do sistema de esgotamento sanitário (SES), com previsão de término em dezembro de 2014. As obras beneficiarão cerca de 20.000 famílias, com a construção de redes que deverão conduzir todo o esgoto gerado na cidade para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), que terá capacidade inicial de tratamento de 36 litros por segundo, suavizado os riscos à saúde e levando maior qualidade de vida aos nanuquenses.

Nesta nova fase, os serviços irão complementar os 40.000 metros de rede e cerca de 2.000 novas ligações de esgoto que foram finalizados em 2011. Neste momento, estão sendo implantados cerca de 10.000 metros de rede coletora e 1.150 metros de interceptores na cidade. Completa o trabalho, quatro estações elevatórias de esgoto, 1080 metros de linhas de recalque, padronizações de 900 ligações residenciais e a ETE.

        Diretor Márcio Kangussu, em entrevista à imprensa.

O diretor de Operações Norte da Copasa, Marcio Kangussu, relatou em coletiva com a imprensa, ao ser questionado pela demora e aborrecimento dos moradores com a empresa disse: “Não vamos olhar no retrovisor, temos que olhar para frente, estamos hoje ladeados com o prefeito Ramon, que abriu as portas para uma discussão em torno de resolver todos os entraves e questões que assombram a população. Se houve algum erro, nós assumimos. E, colocamo-nos a disposição para resolvê-los. Vamos corrigir tudo que foi mal executado. Estamos aqui para dar uma melhor qualidade de vida para os nanuquenses e solucionar o impacto ambiental, causado pelos dejetos lançados no Rio Mucuri, este é o compromisso da empresa”.

O prefeito Ramon Ferraz (PSL) garantiu que o município não será empecilho para o caso Copasa. “Atuaremos como mediador, queremos o bem da população, temos que resolver esta questão para darmos uma melhor qualidade de vida para todos. O que for bom, para Nanuque, assinaremos embaixo. O que vier a trazer prejuízo, menor que seja, seremos opostos, não admitiremos percalços. Ladeado com o MP, Câmara Municipal e a população, faremos um plano que atinja os ideais de todos”, disse Ramon. “Na construção de um entendimento, a população deverá ser convidada a participar de uma audiência pública, que servirá de embasamento para que seja homologado um contrato de concessão, a ser aprovado pela Câmara Municipal. Assim, com o aval de todos, acabam as questiúnculas, a população terá poder de decisão”, completou o prefeito.

Taxa de esgoto.

Uma das questões que coloca a Copasa na contramão dos munícipes é a cobrança da taxa de captação, transporte e destinação dos resíduos. Portanto, a empresa explica que ela cobra por um serviço que é prestado em Nanuque. Pois todo o serviço referente à coleta do esgoto sanitário da cidade é de nossa responsabilidade, admitiu o encarregado da Copasa em Nanuque, Vanderley Gomes. “Quando um esgoto estoura ou quando entope, a Copasa é a responsável pelo conserto, a prefeitura desde 2004 não tem este compromisso, e somos capazes de afirmar que, o que arrecadamos mal cobre a demanda, pois a rede em sua grande maioria é antiga, e ainda não foi concluído o novo serviço”, explicou Vanderley.  Segundo o encarregado, as obras da ETE se encontram na fase de execução de terraplanagem e levantamento topográfico da área onde a mesma será construída, nas proximidades da fazenda cachoeira. Só neste período serão contratadas cerca de 50 profissionais das áreas de construção civil e redes, gerando empregos e renda a população. 

Paralelamente às obras, a Copasa vem atuando em seus serviços de rotina no atendimento as manutenções de água e esgoto, bem como atendimento das novas ligações e prolongamento de redes, aumentando consideravelmente o número de clientes atendidos na cidade.

   Diretor Márcio Kangussú, Prefeito Ramon Ferraz e o Presidente Câmara Rivaldo.

População

Em contato com a população, nossa redação ouviu alguns questionamentos e dúvidas. Um dos entrevistados disse: “o Governo de Minas não destina nenhuma obra para nossa cidade, agora ficam brigando para manter os serviços da Copasa, só porque dá lucro para o Estado. Nanuque sempre cumpriu com suas obrigações e o Estado não retribui o que é de nosso direito, obras de revitalizações, infraestrutura, só ficamos com ônus”, completou seu José da Silva, morador da Vila Nova. Outro que demonstrou preocupação foi o senhor Antonio, “estamos esquecidos aqui neste cantinho de Minas, o governador só aparece aqui em épocas de eleições, depois some, como podemos cobrar? Deveria mandar obras para a população ficar de bem com o governo, até parece que não somos mineiros, só lembram da gente de quatro em quatro anos”. Já o Marcos relatou, “é providencial um tratamento adequado de nosso sistema de esgotamento, o Rio Mucuri não suporta mais esta mazela, tem que tomar uma providencia urgente, ou mais, já era para ter sido concluído os serviços. Vamos dar esta oportunidade para que a Copasa conclua o mais breve este compromisso com a população e o meio ambiente”, finalizou.

Programa “Água da gente”

     Os investimentos no sistema de esgotamento sanitário de Nanuque integram o maior programa de investimento em saneamento básico da história do Estado, o “Água da Gente”. O montante a ser investido até 2016 será de R$ 4,55 bilhões nas 625 cidades em que a empresa atua, beneficiando cerca de 15,2 milhões de mineiros com abastecimento de água e 10.1 milhões com esgotamento sanitário. Em solenidade que reuniu prefeitos de diversas cidades no dia 20 de março, o governador Antonio Anastasia fez o anúncio.

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